Mato Grosso do Sul, 19 de abril de 2025

Preço da carne em Campo Grande sobe 8,62% e deve continuar em alta até 2025

O preço da carne nos açougues brasileiros disparou nos últimos meses, com a alta registrada em Campo Grande sendo de 8,62% entre setembro e outubro, segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O aumento já está sendo sentido pelos consumidores, como o feirante Nilo, que compra carne todos os dias para vender na Feira Central. “Olha, nem me fala!” afirmou ele, demonstrando o impacto da alta nos seus custos diários.

Os comerciantes também estão ressentindo os ajustes de preço, mas esperam que, com a aproximação das festas de fim de ano, as vendas aumentem e compensem as oscilações de preço. Suellen Benites, proprietária de um açougue tradicional de Campo Grande, destacou que seus clientes antigos, apesar de surpresos com o aumento, ainda seguem comprando. Ela também sugeriu alternativas para ajudar os consumidores a driblar o preço elevado, como substituições de cortes mais baratos para pratos como strogonoff.

A alta dos preços da carne tem diversas causas, que vão desde a baixa oferta de boi gordo no mercado até fatores externos como a inflação americana e as exportações recordes do produto. O economista Staney Barbosa Melo explica que a escassez de oferta no mercado interno, que se arrasta desde julho de 2024, deve continuar afetando os preços ao longo de 2025. Além disso, a estiagem prolongada e o câmbio favorecendo as exportações também contribuíram para o aumento no preço da carne bovina.

Outro impacto dessa situação é que, com a carne bovina mais cara, o preço de outras proteínas animais, como peixe, frango e carne suína, também deve subir, à medida que a demanda por alternativas aumenta.

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