O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, abordou “As perspectivas da expansão do agronegócio” durante o 4º Interagro, realizado em Campo Grande nesta sexta-feira (21). Além de oferecer uma visão global sobre o tema, ele expressou otimismo em relação aos produtores rurais presentes.
Como um participante ativo na gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), Guedes enfatizou a necessidade de superar a divisão no país para que ele possa se destacar.
Ele declarou: “O Brasil foi para a clínica de reabilitação. Se automutilou. O problema é que brigamos o tempo todo. Quando nos perguntam sobre o estado do Brasil, a resposta varia entre maravilhoso para metade da população e ameaçado à democracia para a outra metade. Somos nosso próprio inimigo.”
O economista também discutiu a eficiência da capacidade de entrega política dentro do contexto democrático. Ele ressaltou a importância de investir em infraestrutura e vislumbrou um futuro sustentável e digital.
Guedes alertou que as condições globais podem piorar: “Está apenas começando lá fora, mas não será uma terceira guerra mundial. Somos como um continente perdido, uma Atlântida. A América do Sul será descoberta, pois o Ocidente ativou o modo de sobrevivência. O Brasil possui energia limpa e acessível. Devemos investir na bioeconomia. Temos um vasto horizonte de oportunidades, dependendo apenas de nós mesmos.”
Após a palestra, Guedes participou de uma mesa redonda com diversos convidados. Durante essa discussão, foram abordados temas como a pressão do mercado externo em relação ao desmatamento ilegal no Brasil, a política nacional e a segurança jurídica.
O setor aguarda com expectativa uma proposta da senadora Tereza Cristina (PP) para um novo seguro agrícola no contexto das mudanças climáticas. Ela viajará para os Estados Unidos neste sábado, onde realizará reuniões importantes para debater o agronegócio.
Tereza Cristina explicou: “Além de discutir técnicas de produção e sementes, iremos a Washington (D.C.) para dialogar com parlamentares e aprender com a agência do Ministério da Agricultura deles sobre o modelo de seguro agrícola que podemos adaptar à nossa realidade. A ideia é deixar de depender sempre do governo com um pires na mão e buscar soluções por conta própria.”