Conhecida por suas ações educativas, a servidora Yasmin Osório Cabral foi detida em Campo Grande sob acusações graves. Segundo André Stuart, seu advogado de defesa, a prisão ocorreu no sábado (6) por volta das 20h, levando-a ao Estabelecimento Penal Feminino ‘Irmã Irma Zorzi’, após ter sido suspensa por seis meses devido à suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção e cobrança de propina no Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).
Yasmin, lotada na Corregedoria de Trânsito (Cotra) do Detran-MS, teve um pedido de habeas corpus apresentado pela sua defesa na segunda-feira (8), aguardando resposta judicial enquanto permanece detida.
De acordo com o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), Yasmin é figura central em um esquema que teria desviado aproximadamente R$ 290 mil. Ela é acusada de obter senhas clandestinamente de outros servidores para acessar o sistema, identificando caminhões com restrições que eram liberados mediante pagamento de propina.
Investigações revelaram que Yasmin teria recebido presentes de alto valor do despachante David Cloky Hoffmam Chita, incluindo um iPhone 15 Pro Max, joias e transferências via Pix. O despachante, apontado como líder do esquema, está foragido após operação policial que apontou lucros ilícitos que poderiam alcançar até R$ 2 milhões no Detran-MS.
O Detran-MS emitiu uma nota oficial sobre o caso, ressaltando o compromisso com a colaboração integral às investigações e a garantia de punição severa a servidores envolvidos em atividades ilegais. O departamento afirmou que o monitoramento constante permitiu a identificação das atividades suspeitas de Yasmin, desencadeando as investigações em curso.
A reportagem tentou contatar Yasmin para comentar as acusações, porém não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações futuras.