Desafios perigosos da internet voltaram. Ou melhor, nunca foram embora – só “trocaram de roupa” e ganharam cara nova, embora os efeitos nefastos permaneçam iguais. Somente entre março e abril, dois casos de morte durante possíveis desafios on-line estão em investigação e acendem alerta sobre a exposição de crianças e adolescentes à internet sem a devida mediação por adultos responsáveis.
Em março, na cidade de Bom Jardim (PE), Brenda Sophia de Melo, de 11 anos, teria participado de uma “trend” no Tik Tok chamada “desafio do desodorante”. Já no último dia 13 de abril, em Ceilândia (DF), Sarah Raíssa Pereira de Castro também teria sido exposta à mesma dinâmica. As duas vítimas sofreram paradas cardiorrespiratória, passaram pelo protocolo de reanimação, mas não resistiram.
A repercussão dos desfechos trágicos retomam o debate sobre os limites da exposição de jovens à internet, direito à privacidade e, também, a importância da mediação de pais e responsáveis. Nesse contexto, é importante entender como esses desafios surgiram, o efeito potencial que podem provocar e, principalmente, como se defender deles.
A regra geral é que diante de tudo que é produzido e publicado na internet, usuários precisam “ligar o desconfiômetro”. Porém, até para isso é necessária certa maturidade, que crianças não conseguem ter. Nesse sentido, o que é eficaz na defesa de crianças frente a conteúdos nocivos? Quais os caminhos e opções de pais e responsáveis?