A indefinição do comando nacional do PSDB em pacificar reações contrárias à fusão que pode incorporar o Podemos e outros parceiros, como o Solidariedade, à sigla, está afetando o último bastião do partido.
Os tucanos de Mato Grosso do Sul, liderados pelo governador Eduardo Riedel e pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, estão numa encruzilhada. Terão de escolher nos próximos dias se permanecem na sigla que criou o Plano Real e polarizou por 20 anos as disputas com o PT ou migram para uma das legendas que os assediam, o PSD e Republicanos, que gravitam unidos em torno da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas à presidência, MDB ou o PL, cuja estrela, o ex-presidente Jair Bolsonaro divide a força política sul-mato-grossense mais expressiva.
Caso Riedel e Azambuja optem por assumir o PL, haverá descontentamento na extrema direita local e um racha de cima para baixo no PSDB estadual, embora até agora todas as lideranças jurem que marcharão unidas.