Ofício da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirma que a central de regulação de Campo Grande envia pacientes para a Santa Casa em ‘último caso’. O documento foi anexado nessa segunda-feira (5) em inquérito civil instaurado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para apurar a superlotação no hospital.
O município é responsável por regular os pacientes, ou seja, indicar para qual hospital cada caso de pronto-atendimento será encaminhado.
Assim, o promotor de Justiça, Marcos Roberto Dietz, pediu explicações à Sesau sobre os critérios utilizados para regular pacientes para o maior hospital de MS, que enfrenta caos no atendimento, com superlotação, e sérios problemas financeiros.
Dessa forma, a Sesau informou que ‘evita’ enviar pacientes para a Santa Casa, enviando “pacientes que podem ser atendidos por mais de um hospital para as instituições com menor lotação no momento”.
Ainda, conforme o documento oficial, a regulação do município informa que há casos de referência exclusiva, ou seja, os quais o mais adequado para aquele determinado paciente é a Santa Casa.
Nessa situação, a Sesau diz que discute o caso com o núcleo interno de regulação da Santa Casa — que avalia se o hospital tem condições de receber aquele paciente.
Então, junto com a equipe de especialistas da Santa Casa, toma uma decisão técnica. “Encaminhamos em vaga zero os casos que necessitavam de atendimento imediato, assegurando, dessa forma, o atendimento adequado a cada quadro clínico”.
O documento é assinado pela superintendente de relações institucionais de Saúde, Ana Paula de Souza Borges Bueno.