Mato Grosso do Sul, 18 de abril de 2025

Mulher que matou idosa e bebê em incêndio tem prisão decretada

A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou, no fim da tarde desta quarta-feira (2), a prisão preventiva de Oragilda Batista Fernandes, 29 anos, suspeita de provocar o incêndio que matou duas mulheres e uma criança na madrugada de 31 de março, no acampamento indígena Avae’te, em Dourados, a 251 quilômetros de Campo Grande.

A decisão foi tomada durante audiência de custódia. Segundo a Polícia Civil, Oragilda estava embriagada e atacou a idosa Liria Isnarde Batista, de 76 anos, com um pedaço de concreto, antes de asfixiar a bebê de um ano, que chorava muito.

De acordo com a investigação, Oragilda era amiga de Liria e de Janaína Benites Amarilha, 36 de idade. As três consumiam bebida alcoólica juntas desde a noite de domingo (30). Durante a madrugada, quando Janaína dormia dentro do barraco, houve o desentendimento entre Oragilda e Liria. Em seguida, usou líquido inflamável para atear fogo no barraco, onde estavam a criança, a idosa e a mãe do bebê, Janaina. As três vítimas morreram carbonizadas.

Oragilda foi presa em flagrante ainda nas proximidades do local do crime, na Aldeia Bororó. Testemunhas afirmam que ela foi vista saindo do barraco antes do incêndio. A polícia encontrou queimaduras recentes em seus braços e uma caixa de fósforos com ela.

A investigação descartou qualquer relação do crime com disputas por terra. O Ministério de Direitos Humanos chegou a divulgar uma nota sugerindo que as mortes foram resultado de um ataque armado ao acampamento, mas a publicação foi retirada do ar. Lideranças indígenas e autoridades também comentaram o caso, pedindo investigação.

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