Em audiência pública na Câmara dos Vereadores, na segunda-feira (24), o assunto que dominou as discussões foram as péssimas condições do serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus.
Aumento da tarifa para R$ 4,75 em março, somado à falta de ônibus, veículos sucateados e baixa frequência nas linhas, gera revolta entre os passageiros. A empresa culpa a falta de motoristas e a necessidade de reajuste para renovar a frota, mas alegações são questionadas.
Ação judicial movida pelo Ministério Público questiona o contrato entre o Consórcio e a prefeitura, apontando indícios de corrupção e descumprimento de obrigações. Julgamento em segunda instância foi adiado para 4 de julho, com pedido de vista pela desembargadora Jaceguara Dantas da Silva.
Perícia judicial comprova que a idade média da frota supera o limite contratual, com veículos sucateados e sem manutenção adequada. Apesar dos altos lucros (R$ 68,5 milhões nos 7 primeiros anos de concessão), a renovação só seria possível com novo aumento da tarifa, segundo o Consórcio.
O projeto de lei nº 11.332/24, em votação na terça-feira (25), prevê metas para melhorias no transporte coletivo, incluindo a ampliação da rede e otimização das linhas. No entanto, o aumento da frota, principal demanda dos usuários, não está previsto.
A vereadora Luiza Ribeiro defende a tarifa zero como forma de ampliar o acesso ao transporte público, enquanto especialistas debatem alternativas como a reorganização de itinerários e o incentivo ao uso de meios não motorizados.