Apesar de estarmos apenas no início da seca, o Pantanal já registra um aumento alarmante de 900% nos focos de incêndio em comparação com o mesmo período do ano passado.
Imagens chocantes de áreas próximas à estação de captação de água e do Paraguai-Mirim em Corumbá cobertas por fumaça e fogo demonstram a gravidade da situação.
Se comparado ao ano de 2020, quando o bioma atingiu marcas históricas de queimadas, o cenário atual ainda apresenta menos focos. No entanto, é importante ressaltar que os meses mais severos da seca ainda não chegaram, o que aumenta a preocupação.
Entidades como o WWF alertam para a necessidade de medidas urgentes para combater os incêndios e proteger o bioma. A organização destaca que, apesar dos avanços nos últimos quatro anos, como a implementação da Lei do Pantanal (6160/2023) e o aumento de brigadistas, ainda há muito a ser feito para evitar que a história de 2020 se repita.
Um dos pontos que pode ser aprimorado é a detecção precoce dos focos de incêndio. A WWF está desenvolvendo uma ferramenta de inteligência artificial (IA) que utiliza aprendizado de máquina para prever eventos de fogo no Pantanal, auxiliando na identificação rápida de situações de risco e permitindo um monitoramento mais eficaz.
No momento, mais de 7 mil hectares foram queimados em Corumbá na última semana.
Equipes de bombeiros militares, policiais, brigadistas do PrevFogo do Ibama e voluntários do Instituto Homem Pantaneiro estão trabalhando incansavelmente no combate aos incêndios, com o apoio de aeronaves e drones.