Um fotógrafo foi hospitalizado após ser atingido por um rojão lançado por torcedores durante a final da Copa do Brasil, no domingo (10), na Arena MRV, em Belo Horizonte. Nuremberg José Maria estava cobrindo a segunda partida entre Atlético-MG e Flamengo quando o explosivo o atingiu, causando ferimentos na mão e no pé. A Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) informou que o profissional fraturou três dedos e rompeu tendões, além de sofrer um corte no pé. Ele foi rapidamente socorrido e levado ao Hospital João XXIII, onde passou por uma cirurgia.
A Arfoc-MG criticou a segurança do estádio, lembrando que já havia alertado a administração da Arena MRV sobre os riscos desses tipos de incidentes. A associação exige que medidas mais eficazes sejam tomadas para proteger os profissionais da imprensa e seus equipamentos, além de cobrar punições para os responsáveis.
Em resposta, o Atlético-MG emitiu uma nota lamentando o ocorrido e se comprometendo a colaborar com as autoridades para identificar os infratores e evitar que situações como essa se repitam no futuro. A Federação Mineira de Futebol (FMF) também expressou solidariedade ao fotógrafo e desejou sua recuperação.
Além do incidente com o fotógrafo, a partida foi marcada por outros atos de violência. De acordo com a súmula do árbitro Raphael Claus, torcedores da equipe mandante arremessaram bombas e objetos no gramado durante o jogo, e houve tentativas de uso de lasers para prejudicar a visão do goleiro do Flamengo, Rossi. O juiz também registrou uma invasão ao gramado e novas tentativas de invasão após a partida, sendo contidas por seguranças e policiais.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode aplicar punições ao Atlético-MG, incluindo multas e até perda de mando de campo, caso os infratores sejam identificados e o clube não comprove que tomou as medidas necessárias para evitar os incidentes.