Mato Grosso do Sul, 8 de junho de 2025

Estelionatários preferem madrugadas de segunda e noites de terça para aplicar golpes

Um estudo da empresa Edwall, especializada em verificação de identidade e prevenção de fraudes, revelou que estelionatários têm preferência por madrugadas de segunda-feira e noites de terça-feira para aplicar golpes financeiros. A análise, que consta no relatório “Fraud Report Edwall Financeiro”, indica que crimes dessa natureza representam 2,4 vezes mais do que outros tipos de fraude.

Cartões de crédito, boletos falsos, Pix fraudulentos e comunicação enganosa são os métodos mais utilizados pelos criminosos. O documento também destaca que 90% das fraudes foram cometidas utilizando carteiras de identidade (RG), com destaque para adulteração de fotos e furos no documento.

Selfies como prova de vida apresentam crescimento de 40,3% em tentativas de fraude, enquanto o uso de fotos de tela para comprovação de identidade caiu 43,8%. Essa etapa geralmente ocorre em processos de abertura de contas, contratação de crédito ou outros serviços financeiros.

Apesar do aumento nos golpes com selfies, o relatório aponta queda de 40% na taxa geral de fraudes entre 2023 e 2024. Além disso, 65,03% das tentativas são consideradas de baixa complexidade, com adulterações fáceis de serem identificadas. Já os golpes de alta e média complexidade registraram aumento de 19% e 16%, respectivamente.

O estudo foi realizado com base em dados coletados durante a prestação de serviços de verificação documental para clientes do setor financeiro, incluindo instituições como Itaú e Safra. Segundo o Serasa, quatro em cada dez brasileiros sofreram golpes financeiros em 2024, com perdas médias de R$ 2.288 para as vítimas.

Para se proteger, a Folha de São Paulo recomenda desconfiar de ligações ou mensagens que solicitem informações pessoais ou bancárias, verificar a autenticidade de contatos e links recebidos, evitar baixar aplicativos fora das lojas oficiais, nunca compartilhar senhas em canais não oficiais do banco, ativar a autenticação de dois fatores no WhatsApp, não clicar em links suspeitos e se comunicar com o banco apenas por canais oficiais.

No caso de golpes que utilizam selfies, medidas como evitar fotos de rosto em redes sociais abertas, restringir a visualização da foto do WhatsApp para contatos adicionados e limitar a publicação de áudios e imagens em redes abertas podem auxiliar na prevenção. Tornar o perfil do WhatsApp privado e limitar as visualizações de posts para familiares e amigos também são alternativas eficazes.

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