Pousou exatamente às 10h41 desta quarta-feira no Aeroporto Internacional de Campo Grande a aeronave que trouxe o deputado federal Chiquinho Brazão (expulso do União Brasil), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, no Rio de Janeiro.
A transferência para Mato Grosso do Sul contou com forte aparato de policiais. Equipes da Polícia Penal Federal já estavam há mais de uma hora próximos à pista do aeroporto aguardando a aeronave da Polícia Federal cedida ao Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), do Ministério da Justiça. Cerca de dez agentes e quatro viaturas foram mobilizados para a operação. Uma viatura da Polícia Militar também foi destacada.
O deputado foi preso no domingo durante operação da Polícia Federal junto ao irmão, o conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro), Domingos Brazão. Os dois são apontados como mandantes da morte da parlamentar. Também está preso o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o delegado Rivaldo Barbosa, apontado pela investigação por ter arquitetado o crime.

Chiquinho Brazão estava preso em Brasília e está sendo transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, onde também está Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Marielle Franco. Lessa fez delação premiada indicando os mandantes do crime. Com o acordo, ele deve ser transferido para o Rio de Janeiro.
Domingos Brazão veio com Chiquinho na mesma aeronave, porém, seguirá para Porto Velho (RO) em outro jatinho, onde ficará preso também no presídio federal.