Mato Grosso do Sul emergiu como um modelo nacional de excelência em logística reversa, conforme indicam dados preliminares de 2021 divulgados pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Neste último ciclo avaliado, mais de 29 mil toneladas de embalagens foram reintegradas ao ciclo produtivo por empresas no estado.
A prática de logística reversa visa retornar materiais recicláveis ao ciclo produtivo, reduzindo a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários. Segundo o Imasul, as empresas são obrigadas a demonstrar que as embalagens utilizadas em determinado ano foram efetivamente recicladas.
Comparado a 2019, quando iniciou o ciclo de avaliação, houve um aumento significativo de 5 mil toneladas nesse volume, refletindo um crescimento substancial na adesão e eficácia das práticas de reciclagem no estado. Atualmente, 5.744 empresas sul-mato-grossenses estão registradas no Sisrev/MS (Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Mato Grosso do Sul).
Esses avanços consolidaram-se a partir do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, implementado desde 2017 através de decretos estaduais subsequentes, destacando Mato Grosso do Sul como pioneiro no tema em âmbito nacional. A diretora de Desenvolvimento do Imasul, Thaís Caramori, enfatizou a colaboração com o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado como fundamentais para esse êxito.
O sistema Sisrev/MS, desenvolvido em 2021 para gerenciar a logística reversa de embalagens, adapta-se às necessidades específicas do estado, com base em um modelo utilizado pela FIESP em São Paulo. O acompanhamento anual é rigoroso, com prazos estabelecidos para as empresas apresentarem relatórios de desempenho, assegurando conformidade com as regulamentações vigentes.
Recentemente, o Imasul prorrogou o prazo para a apresentação do Relatório Anual de Desempenho para o ano-base 2022, garantindo que todas as entidades gestoras cumpram suas obrigações dentro das novas diretrizes estabelecidas.
