Mato Grosso do Sul, 19 de abril de 2025

Frentes frias trazem esperança para Corumbá, mas Pantanal ainda está em risco

Frentes frias trazem esperança para Corumbá
Incêndio registrado em Corumbá (Foto: Henrique Arakaki, arquivo Midiamax)

Corumbá, uma das cidades pantaneiras mais afetadas pelos incêndios, ainda enfrenta a seca e a vegetação seca. No entanto, a frente fria que atinge Mato Grosso do Sul traz esperança para a região que sofre com a situação há cerca de 3 meses. A temperatura mais amena ajuda a reduzir as possibilidades de focos de incêndio.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a temperatura na região está em torno de 15°C nesta segunda-feira (8), e a umidade relativa do ar entre 55% e 65%. Para o meteorologista Vinícius Sperling, a mudança no clima pode contribuir para a redução das queimadas.

“É uma melhora em relação aos últimos dias. Isso esfria o material combustível que está pronto para queimar, a umidade mais alta também pode ser um fator favorável, porém o solo continua muito seco”, afirma Sperling, com base em informações coletadas nas estações na área urbana de Corumbá e na fazenda da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), na Nhecolândia.

Ainda segundo o meteorologista, o tempo continua seco na região e a previsão é de chuva isolada e com pouca intensidade para a próxima quarta-feira (10).

“Caso a chuva venha, pode amenizar ou diminuir a quantidade de focos de calor. O mais provável para o Pantanal é aumento de nebulosidade, queda significativa das temperaturas e possibilidade de chuva fraca, de chuviscos”, explica.

Levantamentos do Cemtec e da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) mostram que no Pantanal o perigo de fogo se encontra entre o risco “moderado” a “extremo”, sendo o mais crítico nas porções norte, noroeste e nordeste.

Os trabalhos de contenção dos focos de incêndio seguem por terra, água e ar, tanto no combate quanto na prevenção. Equipes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuam na região desde o dia 2 de abril de 2024 e, desde então, já foram empregados 446 militares nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais.

A situação no Pantanal ganhou repercussão nacional e atraiu a presença das ministras Marina Silva e Simone Tebet, que cumpriram agenda em Corumbá no dia 28 de junho. Na ocasião, participaram de uma reunião técnica com o governador do Estado, Eduardo Riedel, sobre a situação no bioma.

Ao final da apresentação técnica, o governador fez requisições às ministras, por exemplo, de um projeto no valor de R$ 50 milhões para o combate aos incêndios.

Os governos estaduais decretaram a proibição definitiva de manejo de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem.

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