A greve nacional dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foi suspensa nesta sexta-feira (5) por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A decisão, enviada ao movimento sindical no fim da tarde, atende a um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e prevê multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.
A ordem judicial abrange servidores do Ibama em todo o país, incluindo os do Mato Grosso do Sul, onde 20% da categoria aderiram à paralisação. Segundo Vicente Lima, diretor do Sintsep/MS (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), a decisão será acatada até a próxima assembleia sindical, marcada para segunda-feira (8).
“A gente vai obedecer, vai cumprir aquilo que está na decisão judicial”, afirma Vicente, ressaltando que a Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) deve analisar a possibilidade de apresentar recurso contra a medida.
A greve, iniciada na segunda-feira (1°), foi aprovada em assembleia no dia 24 de junho.
Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, em meio a negociações com o governo federal que se arrastam desde outubro de 2023.
Apesar da paralisação, 10% dos servidores do Ibama foram mantidos em atividades essenciais, como licenciamento ambiental e atendimento a emergências em unidades de conservação. O combate ao fogo também foi mantido por brigadistas e supervisores contratados.
A categoria aguarda a assembleia de segunda-feira para definir os próximos passos, incluindo a possível apresentação de recurso contra a decisão judicial.
A suspensão da greve, no entanto, não significa o fim das reivindicações dos servidores, que seguem mobilizados em busca de melhores condições de trabalho e valorização profissional.