O Rio da Prata secou em um trecho de cerca de 5 km próximo à ponte do Curé, na região de Jardim, a 237 km de Campo Grande, segundo informações do Instituto Amigos do Rio da Prata, que monitora o local.
Apesar da situação, o instituto afirma que não houve impacto nas atividades de ecoturismo na região.
De acordo com João Gomes da Silva, diretor do instituto e vice-presidente do IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena), o rio secou completamente em um intervalo de apenas seis dias.
“Estamos acompanhando de perto a situação do Rio da Prata e da Lagoa Misteriosa. As nascentes não foram impactadas e por isso o turismo não sofreu nenhuma interferência desse fenômeno. Percebemos que baixou um pouco o nível da água nos passeios, mas acreditamos que é falta de chuvas”, explica Silva.
Para compreender melhor o que está acontecendo, um estudo será realizado na região com a ajuda de um especialista. O objetivo é identificar a causa do desaparecimento da água e verificar se ela ressurge em outra nascente através do lençol freático.
Segundo Jorge Bastos, morador da região que já presenciou outras secas semelhantes, o fenômeno se repete em ciclos de 15 a 25 anos.
“Já vi umas três secas dessa. Vimos que o ciclo se repete entre 15 a 25 anos”, afirma Bastos, que inclusive registrou a situação em vídeos.
Embora o trecho seco do rio tenha cerca de 5 km, o instituto tranquiliza os turistas, afirmando que as nascentes não foram afetadas e que o nível da água nos passeios de ecoturismo diminuiu apenas por conta da falta de chuvas.
Um estudo mais aprofundado, no entanto, será realizado para esclarecer as causas do desaparecimento da água e determinar se o ciclo mencionado por Bastos se confirma.
