Mato Grosso do Sul, 19 de abril de 2025

Audiência pública debate qualidade do transporte público de Campo Grande

Audiência pública debate qualidade do transporte público em Campo Grande
Ônibus em Campo Grande (Henrique Arakaki, Arquivo Midiamax)

Em audiência pública na Câmara dos Vereadores, na segunda-feira (24), o assunto que dominou as discussões foram as péssimas condições do serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus.

Aumento da tarifa para R$ 4,75 em março, somado à falta de ônibus, veículos sucateados e baixa frequência nas linhas, gera revolta entre os passageiros. A empresa culpa a falta de motoristas e a necessidade de reajuste para renovar a frota, mas alegações são questionadas.

Ação judicial movida pelo Ministério Público questiona o contrato entre o Consórcio e a prefeitura, apontando indícios de corrupção e descumprimento de obrigações. Julgamento em segunda instância foi adiado para 4 de julho, com pedido de vista pela desembargadora Jaceguara Dantas da Silva.

Perícia judicial comprova que a idade média da frota supera o limite contratual, com veículos sucateados e sem manutenção adequada. Apesar dos altos lucros (R$ 68,5 milhões nos 7 primeiros anos de concessão), a renovação só seria possível com novo aumento da tarifa, segundo o Consórcio.

O projeto de lei nº 11.332/24, em votação na terça-feira (25), prevê metas para melhorias no transporte coletivo, incluindo a ampliação da rede e otimização das linhas. No entanto, o aumento da frota, principal demanda dos usuários, não está previsto.

A vereadora Luiza Ribeiro defende a tarifa zero como forma de ampliar o acesso ao transporte público, enquanto especialistas debatem alternativas como a reorganização de itinerários e o incentivo ao uso de meios não motorizados.

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